Tuesday, November 30, 2010

Come melt the ice

Definitivamente o outono se foi, os dias estão mais curtos agora, às quatro da tarde tons mais escuros começam a preencher o já nublado céu de Dublin, até as ruas ficarem completamente escuras e o cabelo coberto de neve. Ontem joguei uma pedra em um rio, e foi o mesmo que ter jogado no chão.

A temperatura não ultrapassa mais de 2º, andar na rua requer cuidado, uma vez que, você pode escorregar a qualquer momento. Estou aqui há 1 mês e duas semanas, mas estranhamente parece ser mais, e ao mesmo tempo os dias voam, contraditório, não? Como diria um amigo meu, o ser humano é uma eterna contradição.

É quase inacreditável como amanhã já é dezembro, e parece não fazer muito tempo que era janeiro, quando eu nunca teria imaginado que no último mês de 2010 estaria do outro lado do Atlântico. 

Algumas fotos da madrugada do último sábado...

O'Connell Street como eu nunca vi
- 5º

Spire ofuscado
guerrinha de neve
mais guerrinha
dead fingers
Baile Átha Cliath or Dublin?

Estilo Heaven and Hell

Saturday, November 27, 2010

Primeira noite nevando

 

Era por volta das 04h00 quando começou a nevar, eu estava quase indo dormir, mas não resisti, peguei a máquina e precisava registrar a primeira vez que eu via neve. Não contente apenas na janela, coloquei o casaco e as luvas, e fui para a rua sentir os - 3° e fazer algumas bolas de neve.

 




Tenham todos um ótimo fim de semana!

Abraço

Antes de nevar

 
                              
O'Connell Street ontem  no fim do dia, quando eu voltava de mais uma série entrega de currículos. Aliás, semana passada perdi uma entrevista, se a primeira coisa que você pensou foi porque eu não entendi o que a pessoa do outro lado da linha disse, acertou, e claro que no momento fiquei inconsolado e me senti um pateta por não ter entendido o horário, vaga, lugar, e os demais dados que me conduziriam a tal entrevista, havia algo sobre e-mail, mas não ficou claro se eu iria receber ou teria que enviar um, o fato é que, nada referente chegou na minha caixa de entrada. Então eu tentei ligar novamente no número, mas não atenderam. No ápice da minha chateação, joguei o número no google, e apareceu então a empresa. Enviei um e-mail explicando a situação, mas não obtive resposta, paciência. Após o fato, só me restou dar risada. Mas ok, outras ligações virão (ou não).

Esse trem elétrico no meio da rua chama-se Luas, você compra a passagem numa máquina que fica na própria estação (calçada), e o valor depende do lugar de Dublin que você vai. Quando você entra no Luas, não precisa mostrar o ticket, mas se nesse dia tiver algum fiscal e ele pedir para conferir a passagem, caso você esteja sem, recebe uma multa de 50 euros, então melhor não arriscar.

Saturday, November 13, 2010

Learning English

Um amigo me enviou ontem este vídeo, e de todos que já vi até hoje ensinando inglês pela internet, esse foi um dos mais interessantes que assisti. 


Thursday, November 11, 2010

Bem melhor agora

Não tenho mais desculpa para tardes ociosas, vendo o dia passar pela janela da sala, assistindo séries inúteis. A vida de vagabundo acabou.

Hoje saí um pouco mais cedo da Dorset, e fui à Imigração regularizar minha situação aqui na Irlanda. Após conseguir um endereço fixo, solicitar meu PPS (Personal Public Service), uma espécie de CPF, abrir uma conta no Bank of Ireland, e por fim, receber o meu statement (extrato bancário), fui até a Imigração, que determina o prazo de um mês para você concluir este processo. Consegui resolver isso em 21 dias, mas teria sido menos, se eu não tivesse tido um pequeno imprevisto burocrático aqui na primeira semana.
Agora com o meu GNIB (Garda National Immigration Bureau) Card, estou regularizado pelo governo irlandês para trabalhar durante um ano, tempo este válido para o meu visto de estudante.

Ainda sem um trabalho, mas feliz.  =  D

Queria contar detalhes, entre outras coisas, mas tenho currículos para começar a enviar e distribuir. 

A vida em Dublin começa agora!

Abraço a todos

Sunday, November 7, 2010

São tantas coisas que você pode aprender em um lugar, principalmente quando você sai às 15h00 de casa, em um domingo cuja temperatura se limita a três graus, com alguém que não fala o mesmo idioma que você, e é preciso se esforçar para dizer uma simples frase. E então escurece às cinco da tarde, e inevitavelmente você lembra do que estaria fazendo neste horário, aliás, essa é uma das maneiras mais diretas para te fazer ter percepção de onde você realmente está, afinal, você anda, anda, e nenhuma paisagem é familiar. Liberdade e saudade ao mesmo tempo.

Ontem tocou coisas como ray of light e, pipapaparopo (hahaha), num lugar chamado The Church, onde mais uma vez notei que estou num país extremamente diferente. No entanto, com exceção do ambiente, que é incrível em termos de entrada gratuita (penso que em São Paulo, isso não custaria menos de 50 reais), a diversão em si é semelhante ao final de uma festa de aniversário. Talvez falte pessoas para preencher certos espaços aqui, ou então eu ainda não me acostumei com uma capital que, vez ou outra, é como uma cidade fantasma, algo que não posso reclamar também. Quero voltar na tal The Church, porque essa história de que a primeira impressão é a que fica, não funciona comigo. E ver irlandesa numa pista de dança é impagável,  entendam como quiserem (rs).

Soube que em dezembro escurece ainda mais cedo, quem sabe quando isso acontecer eu fique deprimido e poste um texto decente. 

Tenham uma excelente semana!

domingo, 3º

Tuesday, November 2, 2010

Why so deep?

Mais um dia nublado e chuvoso em Dublin, às vezes fico a pensar se realmente existe um lugar na Terra onde você possa chamar de seu.
Uma vez uma pessoa me disse: quanto mais alto e mais longe, melhor. Acho que levei isso um pouco a sério, não?

É rídiculo como pequenas coisas podem preocupar você, e simplesmente te fazer perder a razão, sendo que um dia nada mais disso existirá, então simplesmente não há sentido quando tudo parece estar caindo e não há volta, ainda que isto possa estar próximo da verdade.

Um dia desses eu volto, tenho medo de sempre e apenas ir, não sei porque. Já não sou mais criança, não é? Nem sei que caralho sou. Mas sei que eu sou eu, e você é você, e não podemos viver a mesma vida. Quando estou com você, estou bem, mas me sinto uma criança. Tenho que saber se posso viver sozinho, se posso e se tenho coragem de estar realmente longe (não apenas literalmente).

Se está esperando eu dizer que encontrei minha vocação, nem pensar.

Continuo como sempre, pensando. E precisando de um guarda-chuva neste momento.

2 Nov 2010 - 14h01 (vista da sala)